Hoje foi a última projeção de 5x favela em Chicago. Após cinco dias pensando no Brasil, confesso que estou ficando com saudades desta cidade. Conhecemos pouquíssimo dela, pois é muito grande e complexa; assim como nosso rio de Janeiro. A quantidade de arranha-céus do centro da cidade faz parecer que não existe pobreza, mas não podemos nos iludir.
O público hoje foi bem mais entusiasmado. O bate papo parecia mais íntimo. Pela terceira vez perguntaram sobre as olimpíadas e muito, mas muito, sobre o elenco. Teve um cara que chegou a citar o nome de Cintia Rosa. Falamos sobre a nossa vontade de misturar atrizes e atores do cinema, TV e teatro, criando um ambiente onde juntamos Hugo Carvana, que já fez mais de 90 filmes; com Pablo Vinicius, que fez apenas uma peça de teatro.
Caroline, a intérprete que ficou com a gente hoje, riu de nossa cara quando soube que não conhecemos os pontos turísticos da cidade. Expliquei que essa não era nossa meta, que queríamos um roteiro mais underground e prontamente nos indicou alguns bares de blus e jazz. “Ninguém pode vir à Chicago e não ouvir blus”. Como estamos bem no meio da semana o que conseguimos foi jazz misturado com música cubana… Maneiro. Já é uma prévia para o que veremos no festival de Havana, em dezembro.
No caminho para o hotel tivemos a ideia de filmar um curta, onde cada um de nós – eu, Bernardo, Cadu e Felha – seria um personagem longe do Brasil com uma trilha sonora blus/jazz/rap/Chicago.
Amanhã, partiremos de volta ao Brasil. Deixamos, no heminsfério norte, bastante amigos e fãs. Mas sobretudo um espaço interessante para difundirmos nosso cinema hoje e sempre. Mais um degrau nessa subida que o 5x favela dá. E sobre nosso blus/jazz/rap: se Chicago não lançar Cuba lança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário